sábado, 31 de julho de 2010

carta de despedida.

(há algum tempo que queria fazer isto,
mas não me sentia minimamente preparada,
e para falar a verdade, ainda não estou preparada como devia estar.
mas tinha de ser um dia, mais cedo ou mais tarde.
não me quero despedir de ti,
mas como tu já fizeste o mesmo,
decidi fazer tal como tu.
aqui vai.)

JM, fizeste-me acreditar no amor que nunca tinha sentido, e agora sei que nunca o sentiste, apenas foste um grande actor durante este tempo todo, e isso faz-me sentir uma besta, porque nunca me apercebi que me mentias, a toda a hora! e porquê? estava completamente noutro mundo, o mundo que não estava há tanto tempo!
Bolas, isto é diversão para ti?
Tu tinhas mudado a este aspecto? não! tu fingiste estar mudado! para quê?
Tantas perguntas sem uma única palavra para uma resposta.
Não dizias o que sentias pois não?
És tão como os outros.
Tão falso.
Tão oco.
Como conseguiste ser tão frio?
O teu coração onde está?
aí espera tu não tens coração..
e fizeste o mesmo ao meu.
Isso é roubo sabias?
Dá-me o meu coração,
quero amar de novo.
sentir cada palavra, cada gesto!

gostei tanto de te ter conhecido.
és mais um de tantos milhões no mundo,
não percebes isso?
não és único,
és só mais um.
que irónico, não somos todos diferentes?
tenho menos certezas disso.

no final de contas, gostei do tempo que passamos juntos.
desde do nosso primeiro encontro em que eu fiquei logo «caídinha».
até a nossa fria despedida.
lembraste quando me ensinaste a dançar e não tínhamos música?
quando me emprestavas os teus casacos e tu morrias de frio?
e quando eu corria pela rua fora, e tu fingias que não vinhas e sem eu contar aparecias e abraçavas-me?
quando só te provocava e quanto tu adoravas que eu fizesse isso mas nunca o dizias?
e as tuas chaves de casa tinham algo meu e eu não sabia.
coisas tão pequenas mas cheias de valor..
nunca pensei dizer isto mas acho que te amei,
e ainda te amo.
só quero é que este sentimento desapareça..
mas vais estar sempre comigo dentro no meu coração disso te garanto..

uma dúvida: o amor não é permanente?
isso só significa que nunca me amaste.
agora só me resta partir sozinha.

sê feliz.
abraço da «miúda» que nunca te vai esquecer.
adeus. *




(início de um novo capitulo na minha vida)

sábado, 3 de julho de 2010

tento olhar para dentro de todo o meu interior,
ainda não consigo ver as feridas que deixaste.
todo o meu coração está fechado com uma corrente bem grossa, fria,
que magoa a cada toque,
não se consegue abrir.
não encontro a chave para a abrir..
a chave não se encontra dentro de mim nem a meu redor.
procuro, procuro por toda a parte,
e sabem que mais?
não a encontro.
estou a desesperar.
os dias vão passando e não consigo estar em mim,
não consigo ver os estragos mais profundos e os mais superficiais.
quero gritar,
gritar bem alto,
mas que ninguém oiça.
não quero que ninguém sinta o meu sofrimento.
odeio-te!
mas é mentira, eu não te odeio,
agora nem sei o que sentir por ti.
a minha cabeça está apagada sem saber o que fazer, nem o que pensar,
e a corrente do coração é a causa disso.
só te peço coração não fiques duro, nem morras,
continua com esperança por favor.
vou buscar forças onde nunca fui buscar.
mas por favor não morras,
és mais forte que essa corrente.


talvez saiba quem tem a chave,
mas tão cedo essa pessoa não a vai devolver,
acho que temos de lutar,
juntos vamos conseguir.
não desistas,
estou sempre aqui coração.
não morras por favor...