
encontro-me a rever todos os momentos da minha vida,
interrogo-me se não passou de uma peça de teatro,
onde todos que estraram na peça,
simplesmente representaram.
onde riram sem vontade,
choraram sem uma única lágrima verdadeira,
fingiram sentir.
mentiras atrás de mentiras,
palavras FALSAS,
frases INVÁLIDAS.
olhares sem brilho,
sorrisos amarelos.
atenta a todos pormenores,
e até dá vontade de rir.
como pude ser tão cega?
meu deus!
(...)
no final, levanto-me e dou por mim a bater palmas a todos actores,
«parabéns!» - disse eu.
agradeci, com os olhos cheios de água.
«quando é que esta representação termina?»
ficaram todos pasmados a olhar uns para os outros,
sem uma única resposta.
não aguentei e fugi pela porta de emergência.